Prêmio: Menção Honrosa no CineVideo 2005 / Festival Nacional de Cinema e Video da UFRJ
Este curta é o marco inicial do cinema de poesia que aplica os conhecimentos da poética no cinema e em outras artes. Um estudo meta-artístico que coloca numa mesma obra a pintura, a música, a literatura e o cinema, sendo uma obra aberta para a construção através do olhar subjetivo do espectador. O vídeo é composto em três atos, cada um transmitindo a sensação do pintor através das cores. O Azul, sobre o fundo de um violoncello, traduz a tranqüilidade e a contemplação do artista ante à obra. No Segundo ato, o vermelho angustiante do violino representa o espírito irrequieto do pintor, num diálogo onde não se pode mais distinguir o artista, a tela e a tinta. O último ato, a cor branca sobre um piano, mostra a alma do artista, traços e contornos, onde o criador desconstrói sua própria obra.
Sinopse: Um poema em três atos. Solidão, angústia, reflexão. O quanto a alma se mistura ao pincel para ser criada uma verdadeira obra de arte? Quais as tonalidades e quantos quadros podem ser extraídos do processo de pintura abstrata? Utilizando o mesmo movimento que o pincel e estudando as direções das tintas na tela, o lirismo do vídeo se funde ao traço do pintor e sua postura diante da obra acaba por unir a tinta e alma.
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Ficha Técnica:
Direção, fotografia, edição: André Scucato
Duração: 9”
Pintor: Morvan Brandão
Ano de produção: Janeiro de 2004
Trilha Sonora: Adágio Sustenuto (Chopin) Sonata para violino nº 6 (Paganini) e Ópera nº 3 (Rachmaninov)